amador curta
Curta metragem
Cabriitos!!!!
Lembro que faz um tempinho eu tinha comentado sobre o curta que eu estava gravando. Pois é! Acabei de editar, e já está fresquinho!
Essa postagem é somente pra isso, mostrar pra vocês esse curta!
Lembrem-se de que é amador!
Com vocês: A DOR DA MORTE
O curta foi inspirado em um conto, que escrevi para a matéria de língua portuguesa II , no qual produzíamos um livro e escolhíamos um conto para fazer um curta!
Aqui deixo o conto:
A DOR DA MORTE
Hoje. Eu decidi que seria hoje. Já pensei muito sobre este ato, e eu não consigo mais me manter de pé. Eu gostaria que alguém me ouvisse, que alguém realmente se interessasse pelo que estou passando e pela dor que eu estou sentindo nesse momento. Eu já nem sei como reajir quando alguém me pergunta como vou e como estou. É hoje, e a minha voz rouca, dos soluços do choro, me confirmam. Choro, que não era simplesmente lágrimas escorrendo na pele, tinha toda uma dor. Eu não sabia como ia acontecer, eu queria realmente ir para uma melhor do que a que eu me encontrava. Estou triste, desamparada, e ainda mais, não consigo mais demonstrar, e nem contar para ninguém o que esta guardado dentro de mim. Talvez eu quisesse algo mais da minha vida. Não sentia que tinha amigos e não conseguia ter amores. Era só eu e uma solidão que me abalava, de forma que eu sentia que a minha existência não era mais necessária aqui. A dor transbordava em lágrimas e eu já não queria que esse maldito sentimento tomasse conta de mim, e eu me feria. O prazer de o sangue escorrer pelo meu próprio pulso me fazia ver a morte mais de perto, a sentir vindo. Por um momento, com aquela poça de sangue no chão, eu quis acabar com tudo e decidi ir, alias era hoje o grande dia. Pela loucura eu estava tomada e indo para a escadaria do prédio onde moro, a corrida me lembrava uma brincadeira de pega-pega onde eu estava correndo da vida e ela de forma alguma queria me deixar escapar. Eu era pequena, ágil e a vida não conseguia me pegar. Por um vacilo a vida conseguiu agarrar uma de minhas pernas e por um instante eu cai. Não queria perder a brincadeira, já que a única coisa que eu poderia salvar era eu mesma. Eu não ligava. Os rastros do sangue no chão não mentiam. Eu queria que a morte me pegasse que eu pudesse deitar em seus braços e descansar feliz. Ao me levantar, sacudi a poeira e segui novamente subindo as escadas, ainda no jogo, correndo o mais rápido que podia, desejando a morte mais que o prazer de morrer. Corri ate conseguir chegar ao ponto mais alto do prédio, no lugar que eu simplesmente me jogaria.
Fui me aproximando agora devagar, aliviada, respirando fundo e calmamente, ai achegando perto do nada. Lembro que antes de me jogar senti algo como se fosse um desmaio. Acho que a morte viu o meu desejo e me respondeu. Levou-me antes de sentir a dor prazerosa da morte. A morte era linda e tinha tudo o que eu não tinha. Foi meu maior desejo, a felicidade. Poder sorrir, brincar e acima de tudo ser feliz. Mas ainda a vida quer me atormentar, insiste em falar que eu estou viva e que nasci novamente. Não acredito, pois a morte me trouxe amor.
Podem opinar viu? Criticas construtivas são sempre bem vindas!
Beijos de lãã!
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